A pesquisa mais favorável ao governo foi realizada pela consultoria González y Valladares, que mostrou 40,6% das intenções de voto para Bullrich, ante 35,9% de Cristina
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2017 às 06h34.
Última atualização em 20 de outubro de 2017 às 07h29.
No próximo domingo, os eleitores argentinos vão às urnas para escolher parte de seus legisladores. Mas é a disputa ao Senado que tem alimentado as discussões, por um ponto crucial: pode representar a volta de Cristina Kirchner ao poder.
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A ex-presidente do país disputa de forma acirrada uma vaga pela província de Buenos Aires com Esteban Bullrich, candidato do atual presidente Mauricio Macri.
Kirchner venceu as primárias em agosto, com uma vantagem de 20.000 votos, mas de lá pra cá Bullrich assumiu a dianteira das pesquisas na esteira da melhora da avaliação do governo Macri. Três pesquisas diferentes, realizadas esta semana, mostraram Bullrich na frente, com uma diferença de 3 a 5 pontos percentuais.
A pesquisa mais favorável ao governo foi realizada pela consultoria González y Valladares, que mostrou 40,6% das intenções de voto para Bullrich, ante 35,9% de Cristina. A pesquisa mais apertada, realizada por Ricardo Rouvier, mostra Bullrich com 36,5% das intenções de voto, e Cristina com 33,1%.
Depois de vencer as prévias após recontagem, Kirchner diz a seus eleitores desprezarem as pesquisas e comparecerem em massa nas urnas. Ela conseguiu reunir 50.000 apoiadores na última segunda-feira, e lotou o estádio do Racing, em Avellaneda, no seu ato de encerramento de campanha.
Enquanto isso, Bullrich fez um fechamento tímido, num minúsculo estádio de futebol em Buenos Aires, para cerca de 3.000 pessoas.
Uma derrota do kirchnerismo nas urnas colocaria uma pá de cal sobre qualquer intenção de Cristina para as eleições presidenciais de 2019 – e sobre praticamente qualquer outro candidato de oposição. E abriria espaço para uma segunda metade de mandato mais tranquila para Macri.
Depois de encolher 2,3% em seu primeiro ano de governo, o PIB argentino deve crescer 2,5% este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional. Se a economia de fato engrenar, os inflamados discursos da ex-presidente terão pouca chance de falar para além dos eleitores mais fieis ao Kirchnerismo.