Cristina Kirchner: ela celebrou seu aniversário de 62 anos nesta quinta-feira em meio a uma grave crise política (Enrique Marcarian/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 18h34.
Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner, celebrou seu aniversário de 62 anos nesta quinta-feira em meio a uma grave crise política, após ela e outros funcionários do governo serem denunciados pelo promotor falecido Alberto Nisman de acobertar os iranianos acusados pelo ataque à associação judaica Amia.
Segundo a imprensa local, a governante passa o seu aniversário ao lado dos filhos Máximo e Florencia, do neto Néstor Iván e da nora Rocío García na residência presidencial de Chapadmalal, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.
Mais cedo, a chefe de Estado argentina recebeu os parabéns do presidente chinês, Xi Jinping, através de uma carta na qual ele também agradeceu a visita realizada a Pequim no começo do mês.
"Por ocasião de tripla felicidade no dia de hoje, por seu aniversário, o dia comemorativo do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Argentina e o Ano Novo Chinês do calendário lunar, me permito expressar a sua Excelência minhas sinceras felicitações e bons desejos", disse Xi na carta, divulgada pela presidência argentina.
Kirchneristas, como o deputado Juan Cabandié e o militante Luis D'Elía, parabenizaram à presidente através do Twitter.
O aniversário também foi bastante comentado nas redes sociais, onde, com "#CristinaCumple", simpatizantes e opositores do governante publicaram mensagens positivas e contrárias.
"Que tenha um grande dia rodeado, como sempre, de afeto e apoio de seu povo", escreveu no Twitter o secretário de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas da Chancelaria argentina, Daniel Filmus.
Os críticos, por sua vez, lembraram a governante a enorme adesão à grande marcha silenciosa realizada ontem em homenagem a Nisman, um mês depois de sua morte.
"#CristinaCumple @CFKArgentina o povo te deu um presente ontem!!! Seja respeitosa uma vez em sua vida e antecipe as eleições", escreveu a usuária Roxana Río (@Colorio75).
Nisman, promotor especial da causa sobre o atentado contra a Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu em 18 de janeiro em estranhas circunstâncias após denunciar Cristina e vários colaboradores.