Continuidade: o acordo estabelece que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reunirá na "data mais próxima possível" com um alto funcionário norte-coreano para continuar o diálogo bilateral sobre a desnuclearização (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de junho de 2018 às 08h09.
Singapura - A Coreia do Norte se comprometeu em se desnuclearizar, enquanto os Estados Unidos ofereceram ao regime de Pyongyang "garantias de segurança", segundo diz o acordo assinado, nesta terça-feira, em Singapura, pelos líderes dos dois países.
O documento selado hoje após uma histórica cúpula de mais de quatro horas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirma que os dois países se comprometem em cooperar para desenvolver novas relações e para a "promoção da paz, prosperidade e segurança".
"O presidente Trump se compromete em oferecer garantias de segurança à DPRK (sigla em inglês da República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte), e o presidente Kim Jong-un reafirmou seu firme compromisso para a desnuclearização da península da Coreia".
Além disso, o acordo estabelece que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reunirá na "data mais próxima possível" com um alto funcionário norte-coreano para continuar o diálogo bilateral sobre a desnuclearização.
Esse diálogo se concentrará em quatro pontos, dos quais o primeiro é um "compromisso para estabelecer novas relações entre os Estados Unidos e a DPRK de acordo com o desejo dos povos dos dois países que haja paz e prosperidade".
O segundo indica que as duas nações, que agora não têm relações diplomáticas, "unirão seus esforços para construir um regime de paz durável e estável na península coreana".
Em terceiro lugar a "reafirmação da Declaração de Panmunjom", selada pelas duas Coreias no final de abril e onde Pyongyang se comprometeu com a desnuclearização.
Por último, acordaram em "recuperar os corpos dos prisioneiros de guerra ou desaparecidos em combate" depois da guerra da Coreia (1950-1953), "incluindo o repatriamento imediato daqueles que já foram identificados".
Trump e Kim reconheceram no texto que sua cúpula de hoje foi "um acontecimento histórico" e decidiram "implementar as estipulações" do acordo "de maneira completa e rápida".