Diplomacia: "Após ler a boa mensagem do presidente Trump, o líder supremo se mostrou muito satisfeito", disse o portal norte-coreano (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 11h05.
Última atualização em 24 de janeiro de 2019 às 11h06.
Seul - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se declarou satisfeito com a evolução das negociações que seu país mantém com os Estados Unidos e se mostrou disposto a avançar "passo a passo" para alcançar o estipulado entre os dois países.
Kim se pronunciou nestes termos ao receber nesta quinta-feira a delegação liderada pelo responsável da inteligência do país, Kim Yong-chol, que visitou na semana passada Washington para se reunir, entre outros, com o presidente dos EUA, Donald Trump, e concretizar uma segunda cúpula, informou nesta quinta-feira a agência estatal norte-coreana "KCNA".
O marechal expressou "satisfação pelos resultados das conversas e atividades realizadas pela delegação em Washington" e deu instruções para seguir com os preparativos da segunda cúpula bilateral, prevista para o final de fevereiro.
Segundo detalhou a "KCNA", Kim também foi informado das negociações mantidas com o grupo de trabalho dos EUA "sobre uma série de assuntos a resolver entre os dois países" e se entregou "uma carta pessoal" do presidente Trump.
"Após ler a boa mensagem do presidente Trump, o líder supremo se mostrou muito satisfeito", relatou a agência estatal norte-coreana, que não fez nenhuma referência concreta ao conteúdo da carta.
Kim apreciou a "incomum resolução e vontade" de Trump, assim como seu "grande interesse" na realização de uma segunda cúpula com ele, e disse que seu país acreditará em sua forma "positiva" de pensar e que esperará "com paciência e boa fé" e junto aos EUA avançará "passo a passo para conseguir o objetivo alcançado pelos dois países".
A Coreia do Norte e os Estados Unidos esperam que sua segunda cúpula sirva para desentupir o diálogo sobre desnuclearização.
Na primeira cúpula de junho de 2018 em Singapura, Kim e Trump acordaram trabalhar pela desnuclearização do regime em troca de que Washington garanta sua sobrevivência, mas o processo quase não mostrou avanços diante da falta de um roteiro concreto.