Aiatolá Ali Khamenei discursa em reunião dos Países Não-Alinhados em Teerã (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 23h26.
Teerã - O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, condenou a difusão nos Estados Unidos de um filme qualificado como insultante para o Islã e que gerou violentos protestos em vários países árabes, informou a agência oficial iraniana, 'Irna'.
Segundo 'The Wall Street Journal', Khamenei classificou como blasfêmia o filme 'A Inocência dos Muçulmanos', do cineasta e agente imobiliário israelense-americano que mora na Califórnia Sam Bacile.
Para o líder iraniano, 'os principais suspeitos dessa ação criminosa de insultar o grande profeta do Islã, Maomé, são o regime sionista (Israel) e o Governo dos EUA, que o patrocinou financeiramente, e esses devem ser levados à justiça', segundo a 'Irna'.
'Se o governo dos Estados Unidos é sincero quando diz não ter nenhuma participação nessa ação anti-islâmica, deve levar os autores desse ato criminoso à justiça', disse Khamenei em sua declaração.
O dirigente iraniano lembra outros fatos e pessoas considerados blasfemos pelo regime teocrático muçulmano xiita, entre eles o escritor Salman Rushdie, de Teerã, e considera que o filme é 'uma tentativa desesperada dos inimigos contra o despertar islâmico'.
Para amanhã estão convocadas em todo o Irã manifestações na saída da oração contra o filme, após uma concentração realizada hoje, em Teerã, por um grupo de estudantes e basij (voluntários islâmicos), que cantaram palavras de ordem contra Israel e os EUA e queimaram as bandeiras desses países.
Desde ontem, o governo e vários parlamentares iranianos condenaram o filme, divulgado nos EUA, e a maioria opinou que é uma tentativa de refrear o crescimento do despertar islâmico, ao mesmo tempo que acusou Israel e EUA pelo incidente.