O presidente Joe Biden e a juíza Brown Jackson comemoram a confirmação pelo Senado, em 7 de abril de 2022, em Washington (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 7 de abril de 2022 às 18h15.
Última atualização em 7 de abril de 2022 às 18h54.
Os Estados Unidos fizeram história nesta quinta-feira, 7, quando o Senado confirmou Ketanji Brown Jackson como a primeira juíza negra da Suprema Corte.
A Câmara alta do Congresso irrompeu em aplausos quando esta mulher de 51 anos foi confirmada por 53 votos a 47 como um dos nove magistrados, garantindo que os homens brancos deixem de ser maioria na mais alta corte do país pela primeira vez em 233 anos.
O presidente Joe Biden classificou a confirmação de Brown Jackson como "um momento histórico" para o país.
"Este feito deveria ter acontecido há gerações, mas os Estados Unidos hoje estão dando um passo gigantesco para fazer com que nossa união seja mais perfeita", afirmou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Brown Jackson contou com o apoio de três republicanos do Senado durante um processo de confirmação cansativo e, muitas vezes, brutal, mas que valeu a Biden a aprovação bipartidária para seu primeiro candidato à Suprema Corte.
Trata-se de um feito importante para o presidente, que presidiu o comitê judicial do Senado nas décadas de 1980 e 1990, o que significa que ele tem a distinção sem precedentes de nomear e supervisionar a indicação de um juiz da Suprema Corte.
A confirmação de Brown Jackson permite a Biden mostrar para os eleitores negros que ele pode cumprir as promessas feitas durante a campanha, apesar da recente derrota de seu governo ao tentar aprovar um projeto de lei sobre o direito ao voto.
Em um processo de apenas 42 dias, foi uma das confirmações mais rápidas de um magistrado da Suprema Corte americana.