Os esforços para apressar a destruição das armas químicas da Síria poderão ser obstaculizados pelas tensões com a Rússia decorrentes da crise na Ucrânia, admitiu o secretário de Estado americano, John Kerry.

Um terço das armas químicas da Síria foi retirado do país, imerso em uma guerra, e o restante está controlado em 12 diferentes locações, disse Kerry aos senadores no Congresso americano.

Kerry afirmou que Moscou, que tem relações de longa data com a Síria, ajudou a encurtar o calendário proposto para a destruição do armamento químico sírio, de 100 para 62 dias.

"Acreditamos que se possa reduzir mais 20 a 25 dias, e gostaríamos de conseguir isso", comentou o chefe da diplomacia americana.

"Mas isso dependerá, de alguma maneira, do resultado dos acontecimentos em relação à Ucrânia. Meu desejo é (...) que esses eventos na Ucrânia não interfiram", disse.

O acordo para eliminar o armamento sírio foi alcançado no ano passado por Kerry e seu homólogo russo, Serguei Lavrov.

Kerry falou no Senado americano pouco antes de viajar para Londres para se reunir com Lavrov. Ambos conversarão, mais uma vez, sobre a crise na Ucrânia.