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Kerry promete neutralidade dos EUA em conflitos marítimos

O secretário de Estado americano disse que o país não tomará partido em conflito marítimo entre China e países vizinhos


	Secretário de Estado americano, John Kerry: China reivindica a soberania de ilhas
 (Mandel Ngan/AFP)

Secretário de Estado americano, John Kerry: China reivindica a soberania de ilhas (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 13h06.

Pequim - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta quinta-feira em Pequim que a Administração americana "não toma partido por nenhum dos lados" nos conflitos marítimos da China com os países vizinhos (Japão, Vietnã, Filipinas), mas reconheceu que as ações de Pequim "geram preocupação".

Kerry, que liderou ontem e hoje a sexta rodada de diálogo estratégico e econômico China-EUA na capital pequinesa, reconheceu que as tensões marítimas na Ásia-Pacífico foram um dos temas no qual persistem desacordos entre as duas potências.

"Nós pensamos que todos os países reclamantes devem exercer sua contenção, e recorrer a vias diplomáticas e pacíficas para conseguir um acordo", disse o chefe da diplomacia americana em entrevista coletiva para analisar os resultados de dois dias de reuniões.

Na resolução do conflito, acrescentou, "é de importância vital que se respeitem as leis internacionais, entre elas o princípio de liberdade de navegação", ressaltou Kerry em seu comparecimento junto ao secretário do Tesouro Jacob Lew.

A China reivindica a soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas por Tóquio, e mantém ao mesmo tempo conflitos com países do sudeste asiático, principalmente Filipinas e Vietnã, pelos arquipélagos Spratly e Paracel, ambos no Mar da China Meridional.

Pequim vê com preocupação alguns movimentos dos EUA na Ásia-Pacífico, tais como o aumento da cooperação e presença militar americana na Austrália e no sudeste asiático, ou o fato de que o presidente americano, Barack Obama, afirmou este ano no Japão que as ilhas Senkaku estão incluídas no acordo de defesa estabelecido entre Washington e Tóquio.

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