John Kerry: "Senhoras e senhores, hoje era um dia para de homenagear Nelson Mandela. O presidente esteve em um funeral internacional, e não escolheu quem estava lá" (Jacquelyn Martin/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 18h19.
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, diminuiu nesta terça-feira a importância do aperto de mãos entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o de Cuba, Raúl Castro, e ressaltou que acredita que o líder cubano não respeita os direitos básicos em seu país.
Durante uma audiência sobre o Irã no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, Kerry respondeu às críticas da congressista republicana de origem cubana Ileana Ros-Lehtinen à saudação que Obama e Castro compartilharam durante a cerimônia de homenagem a Nelson Mandela em Johanesburgo.
"Senhoras e senhores, hoje era um dia para de homenagear Nelson Mandela. O presidente esteve em um funeral internacional, e não escolheu quem estava lá", comentou Kerry.
A congressista lhe interrompeu então para perguntar: "O senhor acredita que Raúl Castro está garantindo os direitos humanos básicos de seu povo?".
"Não, absolutamente não. A senhora conhece minha posição sobre isto", respondeu Kerry.
A congressista pela Flórida qualificou a saudação de "golpe de propaganda para o ditador" Castro e perguntou que mensagem Obama envia ao apertar a "mão sangrenta" do líder cubano.
O breve aperto de mãos representou o primeiro encontro documentado entre Obama e Castro, cujos países carecem de relações diplomáticas desde 1961, e aconteceu quando o líder americano se dirigia ao palanque no qual falou a milhares de sul-africanos presentes na cerimônia por Mandela.