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Mandela é exemplo para Cuba e Colômbia, diz Kerry

Segundo o secretário de Estado americano, o ex-presidente é um exemplo de reconciliação e futuro para esses países


	O secretário de Estado americano, John Kerry: "todos deveriam olhar para além deste conflito que existe há tanto tempo e encontrar um futuro comum", disse
 (KHAM/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: "todos deveriam olhar para além deste conflito que existe há tanto tempo e encontrar um futuro comum", disse (KHAM/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 06h52.

Washington - O falecido líder sul-africano Nelson Mandela é um exemplo de reconciliação e futuro para Cuba, assim como para a Colômbia, que está em negociações de paz, afirmou o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Acredito que o mais importante de Nelson Mandela era a completa e total ausência de ódio e o fato de fixar a vista no futuro, ao invés do passado", disse Kerry em entrevista ao canal 'CNN En Español'.

Segundo o chefe da diplomacia americana, os colombianos podem aprender com Mandela, o homem que derrotou o apartheid e se tornou o primeiro presidente negro de uma África do Sul multirracial.

O governo do presidente Juan Manuel Santos e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociam há um ano um acordo de paz para acabar com meio século de conflito interno armado.

"Todos deveriam olhar para além deste conflito que existe há tanto tempo e encontrar um futuro comum", disse Kerry.

Para o diplomata e ex-senador, esta seria a mensagem de Mandela para os colombianos, mas também para Fidel Castro, que comandou Cuba durante meio século até ser substituído pelo irmão Raúl em 2006.

"Mandela diria: 'Deixem seu povo ser livre, deixem que façam o que fizemos na África do Sul, onde definimos uma nação e demos a todos a oportunidade de participar neste futuro'", completou.


O governo de Barack Obama realizou gestos de abertura a respeito de Cuba, com a flexibilização das viagens e acordos bilaterais sobre correio, migração e narcotráfico.

Na semana passada, Obama e Raúl Castro apertaram as mãos durante o funeral de Mandela na África do Sul.

Na mesma entrevista, Kerry afirmou que a economia dos Estados Unidos e dos países latino-americanos crescerá e se fortalecerá com a expansão de modo coordenado pelos oceanos Atlântico e Pacífico.

"Para todos, a economia, o crescimento econômico e o desenvolvimento se apoiarão com o movimento tanto para a Europa como em direção ao Pacífico".

De acordo com Kerry, o Acordo de Associação Transpacífico (TPP) - zona de livre comércio de 12 países da Ásia-Pacífico - e a Associação Transatlântica de Comércio e Investimentos (TATIP) são projetos "críticos".

Durante a entrevista, Kerry disse que os laços comerciais com a América Latina estão consolidados.

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