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Kerry diz que Israel não confirmou armas químicas na Síria

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu que qualquer acusação neste sentido seja investigada com profundidade


	O secretário de estado dos EUA, John Kerry: Kerry ressaltou que as autoridades israelenses é que devem decidir "como e quando" confirmar estas informações.
 (REUTERS/Paul J. Richards/Pool)

O secretário de estado dos EUA, John Kerry: Kerry ressaltou que as autoridades israelenses é que devem decidir "como e quando" confirmar estas informações. (REUTERS/Paul J. Richards/Pool)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 14h43.

Bruxelas - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta terça-feira que o governo israelense não confirmou o uso de armas químicas por parte do regime sírio e pediu que qualquer acusação neste sentido seja investigada com profundidade.

Kerry fez as declarações em entrevista coletiva concedida no quartel-general da Otan após o chefe da unidade de investigação da Inteligência Militar israelense, general Itai Baron, acusar o governo sírio de Bashar al Assad de ter utilizado armas químicas contra os rebeldes.

"Falei nesta manhã com o primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu. Posso dizer que não estava em posição de confirmar isso", explicou o chefe da diplomacia americana.

Kerry ressaltou que as autoridades israelenses é que devem decidir "como e quando" confirmar estas informações.

"Eu ainda não conheço os fatos", afirmou o secretário de Estado, mas "qualquer acusação deve ser investigada com profundidade".

Kerry frisou que hoje, em seu discurso perante os ministros das Relações Exteriores da Otan, alertou para "a ameaça das armas químicas e a possibilidade de que caiam em mãos ruins".

Sobre o conflito em si, o representante americano ressaltou a necessidade de uma "solução política" em linha com os princípios de Genebra, estipulados em junho de 2012, que preveem um diálogo nacional e um governo de transição integrado por representantes de todos os lados.

Kerry explicou que hoje abordou o assunto com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e ambos concordaram em estudar caminhos para "tornar realidade" essa iniciativa.

Lavrov criticou em entrevista coletiva a ideia de armar a oposição síria e pediu ao Ocidente que incentive os rebeldes a negociarem com o regime para conseguir uma solução política ao conflito. 

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