John Kerry e Nasser Judeh: "Me agrada dizer que minhas últimas conversas, apesar de todas as dificuldades, foram produtivas", disse Kerry, junto a seu colega Nasser Yudeh (AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2013 às 10h58.
Amã - O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta quinta-feira em Amã que suas recentes conversas com os líderes israelenses e palestinos foram "produtivas", apesar das dificuldades que envolvem as negociações de paz.
"Me agrada dizer que minhas últimas conversas (com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas), apesar de todas as dificuldades, foram produtivas", disse Kerry, em entrevista coletiva junto a seu colega jordaniano, Nasser Yudeh.
O chefe da diplomacia americana anunciou que nesta quinta-feira voltará a se reunir com Abbas na Jordânia e que amanhã fará a mesma coisa com Netanyahu, antes de deixar o Oriente Médio.
"Qual é a alternativa para a paz? Um conflito prolongado e contínuo?", questionou Kerry após assegurar que tanto Netanyahu como Abbas "reafirmaram o compromisso" com as negociações apesar das tensões que possam surgir.
Kerry disse que o propósito de sua viagem, que ontem o levou a Jerusalém e Belém, é tentar explorar a examinar como resolver "assuntos muito complicados" para conseguir a paz entre israelenses e palestinos.
"Os países árabes estão preparados para a paz com Israel, como demonstrou a iniciativa de paz proposta pela Liga Árabe", assinalou, antes de opinar que, além disso, a paz abriria "grandes possibilidades econômicas para a região".
Kerry se reuniu hoje em Amã com o rei Abdullah II, a quem informou sobre suas reuniões com os líderes palestinos e israelenses, assim como sobre os esforços de Washington para garantir a realização da convenção de Genebra, segundo um comunicado da corte real.
Durante seu encontro, Abdullah reiterou o apoio aos esforços de Kerry encaminhados para "ajudar as duas partes a continuar com as negociações rumo a um acordo prévio sobre a criação de um Estado palestino independente e viável, baseando-se no acordo de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como seu capital".
"O monarca fez uma chamada à comunidade internacional para que aumente a pressão sobre Israel para que ponha fim a suas medidas unilaterais nos territórios palestinos ocupados, porque essas medidas são ilegais e ilegítimas e representam um obstáculo real no caminho para a paz", disse o comunicado.
Com relação ao conflito sírio, o rei Abdullah da Jordânia reiterou sua chamada a "uma solução política que ponha fim à crise síria e que evite consequências catastróficas em toda a região".
Abdullah também mostrou sua preocupação a Kerry pela "grande responsabilidade que a Jordânia tem com a presença de 600 mil refugiados sírios em seu território", acrescentou o monarca.