Mundo

Kerry critica Coreia do Norte após encontro com Seul

Secretário de Estado americano denunciou a liderança atroz de Kim Jong-Un, acusado de execuções de funcionários e parentes

John Kerry participa de uma entrevista coletiva com o colega sul-soreano, Yun Byung-se (Saul Loeb/AFP)

John Kerry participa de uma entrevista coletiva com o colega sul-soreano, Yun Byung-se (Saul Loeb/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 12h15.

Seul - O secretário de Estado americano, John Kerry, denunciou nesta segunda-feira as provocações da Coreia do Norte, depois de se reunir, em Seul, com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, e anunciou possíveis novas sanções contra Pyongyang.

John Kerry denunciou a liderança atroz de Kim Jong-Un, acusado de execuções de funcionários e parentes, e o lançamento de um míssil balístico submarino efetuado pela Coreia do Norte na semana passada.

A Coreia do Norte está muito longe de cumprir com o compromisso de desnuclearização exigido pela comunidade internacional, disse Kerry, que insistiu em pressionar o regime norte-coreano.

Pyongyang "continua com as armas nucleares e os mísseis balísticos" e "segue mostrando um flagrante desprezo pelas leis internacionais", disse o secretário de Estado em uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega sul-coreano, Yun Byong-Se.

"Por isso é importante para nós aumentar a pressão internacional para que a Coreia do Norte mude seu comportamento", acrescentou Kerry, ressaltando que Washington e Pequim estão buscando formas de aumentar as sanções.

Kerry também disse que era absolutamente fundamental para a comunidade internacional esclarecer as violações de direitos humanos na Coreia do Norte e a responsabilidade de Kim.

Kim Jong-Un é um dos líderes mais atrozes do planeta, disse Kerry, evocando "histórias grotescas, macabras de execuções" realizadas por um capricho pessoal. "Se sua conduta horrível continuar, é difícil conceber que não seja denunciado ante o Tribunal Penal Internacional", declarou.

Em um esforço para impulsionar as negociações sobre a desnuclearização, Washington deixou claro que está aberto a discussões com Pyongyang, mas que este processo se complicou por algumas demonstrações militares da Coreia do Norte.

Na semana passada, a Coreia do Norte informou que havia lançado com sucesso um potente míssil balístico submarino, embora os Estados Unidos tenham declarado que o teste não envolveu esta tecnologia, sustentando que não representou nenhum avanço técnico para o regime comunista.

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, comemorou este "êxito revelador" e o comparou ao lançamento em 2012 de um satélite, enquanto Washington afirmou que estão tentando desenvolver esta tecnologia, mas não houve nenhuma ameaça iminente.

A estabilidade interna na Coreia do Norte também se converteu em uma preocupação depois que a agência de inteligência de Seul informou na semana passada que seu ministro da Defesa havia sido afastado e provavelmente executado.

Alguns especialistas afirmaram que se a execução ocorreu, é um sintoma de que Kim tem dificuldades para estabelecer sua autoridade, depois de ter assumido a liderança do país após a morte de seu pai, em dezembro de 2011.

Ciberataques

Outro tema da reunião de Kerry com a presidente Park foi o compromisso dos Estados Unidos com a aliança militar com a Coreia do Sul, onde 30.000 soldados americanos estão mobilizados.

Depois de se reunir com a presidente sul-coreana, Kerry, que chegou a Seul procedente da China, pronunciou um discurso sobre segurança cibernética e ciberataques, acusando Pyongyang de realizar "ações provocativas, desestabilizadoras e repressivas" na rede.

Washington afirma que a Coreia do Norte está por trás de um ciberataque contra a produtora americana Sony Pictures, que lançou o filme "A Entrevista", uma sátira sobre o líder norte-coreano Kim Jong-Un, uma acusação negada por Pyongyang.

Durante sua visita a Pequim, Kerry expressou o desejo de que os avanços nas negociações com o Irã sobre o programa nuclear possam impulsionar o diálogo com a Coreia do Norte, com o mesmo objetivo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA