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Kerry condena "selvageria medieval" do Estado Islâmico

Secretário de Estado criticou a "imensa brutalidade" que os jihadistas sunitas do EI demonstraram na decapitação do jornalista americano Steven Sotloff


	John Kerry: responsáveis por decapitações "pagarão, não importe o tempo que levar"
 (Lucas Jackson/Reuters)

John Kerry: responsáveis por decapitações "pagarão, não importe o tempo que levar" (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h32.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, condenou nesta quarta-feira a "selvageria medieval" do Estado Islâmico (EI), que ontem tornou público o vídeo da segunda decapitação de um jornalista americano pelos jihadistas, que exigiram o fim dos bombardeios contra milicianos.

Kerry criticou a "imensa brutalidade" que os jihadistas sunitas do EI demonstraram na decapitação do jornalista americano Steven Sotloff, revelada duas semanas depois da execução de James Foley, outro jornalista sequestrado na Síria.

"Nossas forças especiais arriscaram uma operação militar para salvar essas vidas e entramos em contato diplomaticamente com todos aqueles que poderiam ajudar", justificou o chefe da diplomacia americana.

Kerry afirmou que a incapacidade de resgatar ou libertar Sotloff mediante negociações foi "um suco no estômago", mas disse que os responsáveis por sua morte e a de Foley "pagarão, não importe o tempo que levar".

O secretário de Estado disse que o carrasco de Sotloff, que parece ser a mesma pessoa com sotaque britânico que decapitou Foley em algum lugar do deserto sírio-iraquiano é "um covarde que se esconde atrás de uma máscara".

Em um comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden, disse hoje que a inteligência americana analisou o vídeo da execução de Sotloff e "chegou à conclusão de que ele é autêntico".

Kerry elogiou o trabalho de Sotloff, repórter independente com experiência no Oriente Médio que trabalhou para a Time Magazine, Christian Science Monitor, Daily Caller e Foreign Policy.

"Suas histórias se focaram na vida de pessoas normais aprisionadas pela guerra e em documentar a luta diária dessas pessoas para manter sua dignidade", afirmou Kerry.

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