O secretário de Estado americano, John Kerry: Amanhã, o secretário de Estado se incorporará à intensa agenda de Obama na primeira viagem oficial de ambos a Israel e Palestina desde que ocuparam seus respectivos cargos. (REUTERS/Jacquelyn Martin)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 15h37.
Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou nesta terça-feira a Israel para preparar a visita que iniciará amanhã, quarta-feira, ao Oriente Médio o presidente Barack Obama, e ficará na região para impulsionar o reatamento do diálogo de paz, paralisado desde 2010.
Kerry chegou ao aeroporto Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv, na hora prevista, 17h30 locais, informou a rádio pública israelense.
Ao longo do dia, Kerry realizará reuniões privadas e preparatórias, informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense.
O secretário de Estado não se reunirá com dirigentes, mas terá um jantar privado em um hotel de Jerusalém, embora não se saiba ainda se será com israelenses ou palestinos, segundo o jornal "Haaretz".
Amanhã, o secretário de Estado se incorporará à intensa agenda de Obama na primeira viagem oficial de ambos a Israel e Palestina desde que ocuparam seus respectivos cargos.
A visita de dois dias e meio inclui Jerusalém, Ramala e Belém e reuniões com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; o chefe de Estado, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, além de outros dirigentes israelenses e palestinos.
Na sexta-feira, ambos partirão rumo à Jordânia, onde se reunirão com o rei Abdullah, mas Kerry voltará a Jerusalém 24 horas depois para abordar com israelenses e palestinos o reinício do processo de paz.
Kerry retornará a Israel no sábado pela noite e jantará com Netanyahu, a quem lhe perguntará sobre possíveis gestos que facilitem o retorno à mesa de negociações, segundo o "Haaretz".
O secretário de Estado estará acompanhado por seu principal assessor sobre o Oriente Médio, Frank Lowenstein, e o enviado especial dos EUA para a paz no Oriente Médio, David Hale.
Kerry não acredita em forçar o reinício das conversas de paz no próximo meio ano, mas em empregar esse tempo para preparar o terreno e devolver a confiança entre as partes, indicou ao jornal uma fonte oficial israelense que se reuniu recentemente com seus assessores.
O novo ministro de Energia e Água israelense, Silvan Shalom, assegurou hoje à rádio pública que, inclusive antes das eleições de janeiro, Israel e EUA falavam sobre a possibilidade de descongelar o diálogo de paz, que se rompeu apenas três semanas após seu início pelo reatamento pleno da ampliação das colônias judaicas da Cisjordânia, após uma moratória parcial.