John Kerry: Kerry ressaltou a importância da ajuda externa para que os países desenvolvam seu próprio potencial e se transformem em parceiros econômicos dos EUA. (AFP/ Jewel Samad)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 16h00.
Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, defendeu nesta quarta-feira uma política externa de cooperação que permita criar laços diplomáticos sólidos para impedir enfrentamentos armados no futuro.
"Não me cansarei de dizer que enviar diplomatas hoje é muito mais barato que enviar tropas no futuro", disse Kerry em um discurso na Universidade da Virgínia, seu primeiro como secretário de Estado.
Em 24 de fevereiro, Kerry iniciará sua primeira viagem internacional, para a Europa e o Oriente Médio.
O secretário disse que em um mundo globalizado a política externa já não é algo alheio aos cidadãos, já que "as decisões que tomamos também têm um impacto aqui nos Estados Unidos".
Kerry ressaltou a importância da ajuda externa para que os países desenvolvam seu próprio potencial e se transformem em parceiros econômicos dos EUA, pois "por cada US$ 1 bilhão que exportamos criamos mais de 5.000 postos de trabalho".
"Estou aqui porque nossas vidas como americanos estão mais entrelaçadas do que nunca com a vida de pessoas em partes do mundo" que os americanos "nunca visitarão", disse o secretário.
Kerry defendeu o investimento em política externa para enfrentar os desafios globais, o desenvolvimento, a segurança econômica e a segurança ambiental em um momento em que "perdemos o luxo de olhar só em direção ao interior", mas no qual se abre um novo campo de oportunidades.
"Se queremos mais sócios, como os que receberam nossa ajuda e agora compram nossas exportações, não podemos ficar para trás", afirmou Kerry. O secretário disse ainda que o orçamento de política externa representa apenas 1% do orçamento nacional.
O secretário reconheceu que existe quem se oponha à globalização, mas "não há político, por poderoso que seja, que pode devolver o gênio à lâmpada". Por isso, argumentou Kerry, o desafio é aproveitar o lado positivo do fenômeno para oferecer "inclusive aos lugares mais remotos da Terra as mesmas oportunidades que nos fizeram fortes e livres".