Propaganda eleitoral de Keita: eleições malinesas devem legitimar transição democrática após golpe de estado de 22 de março de 2012 (Joe Penney/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2013 às 09h21.
Bamaco - O ex-primeiro-ministro do Mali, Ibrahim Bubakar Keita, será o novo presidente do país africano ao vencer o segundo turno das eleições realizadas no domingo passado com 77,61% dos votos, anunciou o ministro de Administração Territorial, Moussa Sinko Culibaly.
O segundo candidato na disputa, Sumaila Cissé, que admitiu sua derrota na segunda-feira, ficou com 22,39% dos votos.
A porcentagem de participação nas eleições foi de 45,78%, quatro pontos abaixo do primeiro turno, realizado em 28 de julho. O resultado ainda precisa ser confirmado pelo Tribunal Constitucional,
Segundo Culibaly, que ontem foi elevado ao cargo de general pelo Conselho de Ministros, Keita, também conhecido como IBK, teve 2.354.693 votos, frente aos 679.000 de Cissé. O número de votos nulos foi de 92.920.
Em seu pronunciamento, o ministro elogiou a União Europeia (UE), os Estados Unidos e os "amigos do Mali que acompanharam o processo". As eleições presidenciais malinesas são um passo importante para legitimar a transição democrática que começou após o golpe de estado de 22 de março de 2012.
A divulgação do resultado, feita um dia antes do prazo máximo para o anúncio expirar, tornou-se apenas uma formalidade depois que Cissé afirmou em sua conta no Facebook que tinha ido para a casa de Keita o parabenizar pela vitória.
Após o reconhecimento de sua derrota, vários dirigentes políticos também felicitaram Keita, mesmo antes da divulgação oficial.
Entre eles, os presidentes da França, François Hollande, da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Keita, visto por seus seguidores como o homem forte que o país necessita para sua reconstrução, tem como dois desafios mais imediatos a transição política e a reconciliação com os rebeldes tuaregues do norte do país, que em junho assinaram um cessar-fogo com o governo de Bamaco.
*Matéria atualizada às 09h21