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Keiko Fujimori se compromete a não repetir postura do pai

A candidata de centro-direita, de 40 anos, vem lutando para apaziguar os temores de que ressuscitaria o governo de seu pai


	Keiko Fujimori: Keiko também prometeu dar à oposição o controle dos comitês de Supervisão e Inteligência no Congresso
 (Getty Images)

Keiko Fujimori: Keiko também prometeu dar à oposição o controle dos comitês de Supervisão e Inteligência no Congresso (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 10h25.

Lima - Favorita nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial do Peru, Keiko Fujimori assinou um termo de compromisso no domingo, durante um debate, no qual prometeu evitar a postura autoritária de seu pai, em um apelo final aos eleitores indecisos antes da votação da semana que vem.

Keiko, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, vem mantendo há bastante tempo uma dianteira de dois dígitos sobre seus nove adversários, mas não se espera que ela conquiste a maioria simples necessária para evitar um segundo turno.

A candidata de centro-direita, de 40 anos, vem lutando para apaziguar os temores de que ressuscitaria o governo de seu pai, que cumpre uma pena de 25 anos de prisão por abuso de direitos humanos e corrupção.

"Sei como encarar a história de meu país. Sei que capítulos deveriam ser repetidos e vejo com muita clareza quais não deveriam", afirmou Keiko durante sua fala de encerramento no debate.

"Nunca mais outro 5 de abril!", disse Keiko, referindo-se ao dia em que seu pai fechou o Congresso e interveio nos tribunais com apoio dos militares 24 anos atrás.

O documento que ela assinou a compromete a respeitar os direitos humanos, a liberdade de imprensa e as instituições democráticas, que seu pai enfraqueceu à medida que consolidava seu poder.

Keiko também prometeu dar à oposição o controle dos comitês de Supervisão e Inteligência no Congresso e reiterou a promessa de providenciar indenizações às dezenas de mulheres que foram esterilizadas à força durante o governo de seu pai, entre os anos 1990 e 2000.

Críticos repudiaram o compromisso, que viram como uma manobra cínica para obter votos. "A mesma máfia, a mesma fala macia", disse o coletivo Não a Keiko no Twitter.

Parece cada vez mais provável que Keiko irá enfrentar a parlamentar Veronika Mendoza em um segundo turno polarizado. 

Veronika ganhou terreno e está estatisticamente empatada na segunda colocação com Pedro Pablo Kuczynski, uma vez que o apoio ao investidor de 77 anos e favorito dos oposicionistas estacionou, segundo três pesquisas de opinião recentes.

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