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Keiko Fujimori afirma que não pretende fugir do Peru

Filha de ex-presidente do Peru é acusada de receber dinheiro ilegalmente da Odebrecht e de outras fontes para financiar suas campanhas eleitorais

Keiko Fujimori será julgada na terça-feira (28) (Mariana Bazo/Reuters)

Keiko Fujimori será julgada na terça-feira (28) (Mariana Bazo/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de janeiro de 2020 às 10h50.

A líder opositora peruana Keiko Fujimori negou neste sábado (25) que pretenda fugir do país, três dias antes de um tribunal anunciar se vai devolvê-la ou não à prisão pelo escândalo da Odebrecht.

"Não há perigo de fuga no meu caso. Sabe, quando meu pai renunciou do Japão, fiquei para enfrentar e dar a cara, como sempre faço há mais de 20 anos", disse Keiko em um vídeo publicado em sua página no Facebook.

O pai de Keiko, ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), condenado em 2009 a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade, renunciou à presidência do Japão por fax em novembro de 2000, em meio a um escândalo de corrupção.

"Não há obstrução à Justiça, porque eu não fiz nenhum ato que ponha em risco o processo", disse Keiko, que já passou 13 meses de prisão pelo mesmo caso.

"Não entendo por que a fixação do Ministério Público no meu caso", disse Keiko, na véspera das eleições legislativas avançadas, nas quais seu partido populista de direita corre o risco de perder a grande maioria obtida em 2016.

O juiz Víctor Zúñiga anunciará na terça-feira se vai devolver Keiko, de 44 anos, à prisão, com um novo pedido de prisão preventiva por 18 meses apresentado pelo MP.

O MP acusa Keiko, entre outros, de receber dinheiro ilegalmente da Odebrecht e de outras fontes para financiar suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016, nas quais ela chegou perto de ganhar a presidência do Peru.

Acompanhe tudo sobre:Novonor (ex-Odebrecht)Peru

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