Kassab tentou convencer Guilherme Afif Domingos, Eduardo Jorge e Francisco Luna para ocuparem seu posto, sem sucesso. Mas disse que irá insistir nas propostas (Prefeitura de SP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2011 às 14h33.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que amanhã fará em Brasília a reunião de fundação do PSD, admitiu hoje que não descarta a possibilidade de apoiar o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Henrique Meirelles (PMDB), para a sua sucessão em 2012. Kassab disse que o ex-presidente do Banco Central (BC) é um "bom nome", embora o prefeito trabalhe para convencer três dos seus aliados mais próximos a concorrer à vaga. "Eu tenho muito respeito pelo Meirelles, não descartaria apoiá-lo. Seria até uma falta de respeito falar que o apoiaria sem falar com ele, mas é um grande nome", admitiu o prefeito, após participar da cerimônia de abertura da 10.ª Automec - Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, na capital paulista.
O prefeito afirmou que ainda não conseguiu persuadir o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, nem o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, nem o ex-secretário estadual de Planejamento Francisco Luna a disputar a sucessão municipal. "Vou insistir, sou teimoso, vou me esforçar muito para que um dos três aceite", afirmou. Kassab reiterou que, na nova legenda, os membros terão liberdade de posicionamento, num primeiro momento, sobre o governo federal. "Vamos viver um momento de transição. Dando liberdade no nascimento do partido para que os companheiros tenham as suas posições em relação ao governo federal, mantendo a sua coerência em relação à campanha do ano passado", afirmou.
Kassab deve liderar a legenda até o meio do ano, quando deve ser constituída uma nova direção. De acordo com ele, ainda não é o momento de sugerir nomes para a presidência da sigla. "Não se está discutindo isso agora, tenho a enorme responsabilidade até o mês de junho ou julho de dirigir a constituição desse partido. Após isso, vou encaminhar a questão à futura direção."
O prefeito desconversou ao ser questionado sobre a passibilidade de apoiar o nome da senadora Kátia Abreu (TO) para ocupar o comando o legenda. De acordo com Kassab, seu partido terá uma posição independente, mas que manterá com a presidente Dilma Rousseff a mesma parceria que teve com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ela terá, da nossa parte, como teve o presidente Lula, todo o nosso apoio", reforçou. De acordo com o prefeito, a legenda a ser fundada amanhã já conta com bases sólidas em 18 Estados e terá entre os seus filiados deputados federais, senadores, vice-governadores e ex-governadores. "Através da legalidade, criamos um novo partido, aprendendo com os erros do passado de diversas outras legendas. Sozinho ninguém faz uma sigla e é importante que só venham nessa caminhada pessoas que tenham essa mesma identidade no seu pensamento e em suas convicções", disse.