Karzai, presidente afegão: dois terços dos deputados são de um grupo étnico diferente (Majid Saeedi/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 13h54.
Cabul - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, aceitou nesta quarta-feira a solicitação do Tribunal Supremo de transferir a data de abertura do novo Parlamento para 22 de fevereiro para estudar as denúncias de fraude que foram feitas por candidatos que não se elegeram.
Karzai detalhou que a nova data da sessão inaugural da Câmara é "definitiva" e que "não será mudada outra vez", segundo um comunicado divulgado por seu escritório.
Uma corte especial do Tribunal Supremo do Afeganistão havia solicitado horas antes ao presidente afegão que atrasasse a posse dos novos parlamentares, eleitos em setembro, para que pudesse analisar as queixas de fraude feitas por candidatos que não obtiveram cadeiras.
"Pedimos ao presidente que atrase a abertura do novo Parlamento em pelo menos um mês", disse nesta quarta-feira em entrevista coletiva o chefe da corte especial, Sediqullah Haqiq, que explicou que foram recebidas 430 queixas.
Inicialmente, o Palácio Presidencial havia fixado para domingo, 23 de janeiro, a primeira sessão da Câmara.
Segundo analistas consultados pela Agência Efe, em torno de dois terços dos 249 deputados escolhidos pertencem a grupos étnicos diferentes do pashtun, a etnia majoritária no Afeganistão e a mesma do presidente Karzai e dos talibãs.