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Kan admite resposta 'inadequada' de seu governo ao terremoto

O primeiro-ministro japonês disse que as áreas afetadas pelo terremoto estão em condições difíceis, mas que também há movimentos rumo à reconstrução

A popularidade de Naoto Kan era muito baixa antes inclusive da tragédia, com um índice de aprovação de apenas 20% (Koichi Kamoshida/Getty Images)

A popularidade de Naoto Kan era muito baixa antes inclusive da tragédia, com um índice de aprovação de apenas 20% (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 21h20.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, admitiu nesta sexta-feira que a resposta de seu Governo ao terremoto do dia 11 de março foi "inadequada em vários aspectos" e pediu a seus ministros que dividam mais informação.

Kan fez a afirmativa para as duas equipes governamentais encarregadas da crise nuclear e das consequências de um desastre que soma quase 25 mil mortos e desaparecidos.

"As áreas afetadas ainda enfrentam condições difíceis, mas também vimos movimentos positivos rumo à reconstrução", comentou o primeiro-ministro, segundo a agência local "Kyodo".

O porta-voz do Governo, Yukio Edano, explicou que Kan quer que a informação seja compartilhada no seio de seu Gabinete independentemente da jurisdição de cada Ministério.

Cerca de 55% dos japoneses tem poucas expectativas sobre os esforços do Governo para combater a que o próprio Kan definiu como a pior crise do país desde o final da Segunda Guerra Mundial, segundo uma pesquisa divulgada esta semana pelo jornal "Asahi".

A popularidade de Naoto Kan, que dentro de um mês completa um ano no cargo, era muito baixa antes inclusive da tragédia, com um índice de aprovação de apenas 20%.

O terremoto de 9 graus na escala Richter causou um devastador tsunami que, além disso, provocou um alerta nuclear na usina de Fukushima (nordeste do Japão) que ainda não foi controlada.

No total, 14.841 pessoas morreram e outras 10.063 estão desaparecidas por causa do desastre, que devastou amplas áreas das províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima, onde há mais de cem mil evacuados.

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