Mundo

Sob os holofotes: Kamala Harris dá sua primeira entrevista como candidata

Vice-presidente dos EUA participa de sua primeira grande entrevista após assumir liderança democrata, em um momento crucial da campanha

Kamala Harris terá um 'teste de fogo' nesta quinta-feira (29) na entrevista para a CNN, que acontecerá às 22 horas do Brasil.

Kamala Harris terá um 'teste de fogo' nesta quinta-feira (29) na entrevista para a CNN, que acontecerá às 22 horas do Brasil.

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 08h36.

Última atualização em 29 de agosto de 2024 às 09h14.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, enfrentará um momento decisivo em sua campanha presidencial ao participar de sua primeira entrevista de grande alcance desde que se tornou a candidata do Partido Democrata. A entrevista, conduzida por Dana Bash, da CNN, acontecerá em um cenário político altamente volátil, com menos de 70 dias até as eleições. A transmissão acontecerá às 22 horas do Brasil. Este é um teste significativo para Harris, que precisou reorganizar sua campanha rapidamente após a decisão de Joe Biden de não buscar a reeleição. As informações são da Bloomberg.

Desde que assumiu a liderança democrata, Harris tem se concentrado em consolidar seu plano de governo e responder às questões mais prementes que o país enfrenta. No entanto, sua decisão de adiar uma entrevista importante até este momento tem gerado críticas de seus adversários republicanos, especialmente de Donald Trump. O ex-presidente e atual candidato tem utilizado a ausência de Harris na mídia como uma arma para questionar sua competência e capacidade de liderança, destacando incidentes passados em que Harris teria tido dificuldades em entrevistas ao vivo.

Walz estará na entrevista

A opção de Harris por conceder a entrevista ao lado de seu companheiro de chapa, Tim Walz, governador de Minnesota, gerou ainda mais controvérsias. Críticos republicanos, incluindo Trump, sugeriram que a presença de Walz ao lado de Harris indicaria uma falta de confiança na capacidade da vice-presidente de enfrentar a imprensa sozinha. Sarah Huckabee Sanders, ex-secretária de imprensa da Casa Branca sob Trump, afirmou que a escolha de Harris de compartilhar o palco com Walz demonstra uma suposta insegurança em liderar de forma independente.

Por outro lado, estrategistas democratas defendem que a presença de Walz fortalece a imagem de unidade da chapa, destacando a coordenação entre os candidatos. Para os assessores de Harris, a decisão de aparecer ao lado de Walz é uma estratégia para mostrar que os dois estão alinhados e prontos para trabalhar juntos na liderança do país. Essa união contrasta com a campanha de Trump e seu vice, JD Vance, marcada por tensões internas e uma aparente falta de coesão.

CNN é a escolhida

A escolha da CNN como plataforma para essa entrevista também é estratégica. A rede é vista como um espaço relativamente neutro, e Dana Bash é reconhecida por ser uma entrevistadora justa, mas rigorosa. Harris teria enfrentado críticas se optasse por um canal como a MSNBC, conhecida por seu viés liberal, ou pela ABC, que poderia ser vista como favorecida devido à amizade de longa data entre Harris e Dana Walden, executiva da Disney que supervisiona a divisão de notícias da ABC.

A entrevista ocorre em um momento crítico para a campanha de Harris, que vem ganhando terreno nas pesquisas, mas ainda enfrenta desafios significativos. Com a pressão aumentando, qualquer erro pode ser explorado por seus adversários. No entanto, a entrevista também oferece a Harris a oportunidade de definir sua visão para o país e abordar diretamente os eleitores, consolidando sua posição como a líder democrata.

Acompanhe tudo sobre:Kamala HarrisDonald TrumpPartido Democrata (EUA)Partido Republicano (EUA)EleiçõesEleições EUA 2024Eleições americanasEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia