Joe Biden abre cúpula do clima nesta quinta-feira, dia 22 (Tom Brenner/Reuters)
Carla Aranha
Publicado em 22 de abril de 2021 às 09h20.
Última atualização em 22 de abril de 2021 às 09h28.
No primeiro encontro mundial convocado pelos Estados Unidos desde a troca de comando na Casa Branca, no início do ano, o presidente Joe Biden conclamou os países a "agir já" para aumentar a preservação ambiental e coibir as emissões de gás carbônico. Biden discursou durante a abertura da cúpula do clima, que reúne quase 40 chefes de Estado por videoconferência nesta quinta, dia 22, e sexta, dia 23. A abertura do encontro coube à vice Kamala Harris. "Compatilhamos uma preocupação mútua com as mudanças climáticas", disse ela.
O encontro marca o retorno dos Estados Unidos ao cenário das discussões internacionais sobre o meio ambiente. O país busca recuperar o protagonismo em relação a questões globais. Durante o governo do ex-presidente Donald Trump, os Estados Unidos se retiraram do Acordo de Paris e adotaram uma postura crítica em relação ao multilateralismo. Agora, com Biden na presidência, a intenção é reforçar alianças e a liderança americana em grandes temas mundiais.
Biden anunciou que até o final da década o país deve cortar as emissões de gases estufa. "Essa é a década decisiva para a temperatura não atinja o crescimento de temperatura em mais de 1,5 graus Celsius", disse Biden. "Cada vez mais os impactos são visíveis para a saúde pública. Não devemos fechar os olhos para esse futuro, todos nós. Em novembro, quando nos veremos na Conferência do Clima, vamos trazer essas discussões ainda mais", afirmou.
Biden também alertou que os países que tomarem decisões agora para preservar o meio ambiente deverão desfrutar da criação de empregos oriunda da geração de energia limpa. "É um imperativo econômico e moral", disse Biden. "Muito obrigada por fazerem parte desse encontro. Temos uma escolha e devemos fazer isso".