Diretor do FMI, Strauss-Kahn foi detido em Nova York, suspeito de abuso sexual (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 19h05.
Atenas/Berlim - A detenção do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, em Nova York pode causar alguns atrasos no plano de ajuda da União Europeia e do FMI ao país, mas não irá afetar a resolução de implementar a reforma fiscal, disse uma autoridade sênior do governo grego à Reuters no domingo.
O chefe do FMI e possível candidato à presidência da França foi detido no sábado no aeroporto internacional JFK de Nova York quando já estava dentro de um avião que levantaria voo com destino à Paris, acusado de abuso sexual de uma camareira de um hotel.
Strauss-Kahn se encontraria com a chanceler alemã, Angela Merkel, neste domingo e participaria de encontro de ministros de Finanças da zona do euro em Bruxelas na segunda-feira para discutir a crise de dívida soberana na região. Também estaria na pauta como lidar com o pacote de socorro à Grécia, já que o país tem dificuldade de atingir metas estabelecidas.
"Isso pode definitivamente causar alguns atrasos no curto prazo", disse a autoridade grega à Reuters, pedindo anonimato, referindo-se aos encontros previstos para domingo e segunda-feira.
Ao mesmo tempo, a autoridade garantiu que "isso não mudará a política do FMI sobre a Grécia. A Grécia continuará a implementar seu programa (fiscal)".
Uma fonte do governo alemão disse que as conversas do FMI com Merkel foram canceladas porque o fundo não enviaria um representante de Strauss-Kahn a Berlim.