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Kadafi ameaça emigração em massa para Europa

Ditador avisou que pode abrir a porta do país para facilitar a ida de imigrantes para os países do mediterrâneos

Bombardeio na Líbia: segundo Kadafi, 100 rebeldes foram mortos (Marco Longari/AFP)

Bombardeio na Líbia: segundo Kadafi, 100 rebeldes foram mortos (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 13h43.

Cairo - O coronel Muammar Kadafi assegura que 100 rebeldes morreram como consequência dos conflitos em seu país, e ameaçou abrir as portas à saída maciça de emigrantes subsaarianos com destino à Europa.

Em entrevista em Trípoli para o canal francês "24 heures" o dirigente líbio advertiu que está em suas mãos permitir a chegada em massa de imigrantes aos países mediterrâneos, segundo a versão oferecida pela emissora "Al Jazeera".

Kadafi, que nesta madrugada fez uma breve aparição pública na praça Verde de Trípoli que foi divulgada pela televisão estatal líbia, segundo as imagens oferecidas pela "Al Jazeera", também disse na entrevista ao canal francês que os policiais e os soldados líbios tinham sido "assassinados" pelos revolucionários.

Um porta-voz de seu Governo, em declarações divulgadas pela emissora, afirmou que a fracassada incursão no domingo em Misrata, cidade rebelde situada entre as fortificações da armada de Kadafi de Trípoli e Sirte, foi abortada para evitar a morte de civis inocentes.

Segundo este porta-voz, as tropas com carros de combate e blindados trataram de tomar a cidade, não queriam destruir propriedades e instalações e se retiraram para reagrupar-se.

No entanto, a emissora, que anunciou cerca de 20 mortes nesses combates, exibiu imagens dos civis feridos, entre eles uma criança pequena, disse que havia imagens de extrema crueldade tomadas nessa população após os combates.

O Exército líbio, conforme a "Al Jazeera", confirmou nesta segunda-feira a tomada de Ben Jawad, entre Sirte e o porto de Ras Lanuf, situado cerca de 300 quilômetros ao oeste de Benghazi e onde se reúnem os revolucionários.

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