Membros da Irmandade Mulçumana e apoiadores do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi rezam em frente ao quartel general da Guarda Republicana, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2013 às 14h47.
Cairo - O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, ordenou neste domingo o congelamento temporário dos fundos de mais de dez dirigentes da Irmandade Muçulmana, de grupos salafistas e do radical Gamaa al Islamiya.
Entre os líderes afetados por esta decisão se destaca o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badiya, e o presidente do braço político da organização, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), Saad Katatni.
Segundo a agência oficial de notícias 'Mena', o Ministério Público adotou esta resolução no curso de investigações por vários episódios violentos ocorridos no Cairo desde o golpe de Estado que depôs o islamita Mohammed Mursi no dia 3 julho.
Os confrontos envolveram islamitas favoráveis a Mursi, membros das forças de segurança e opositores ao presidente deposto.
Estes enfrentamentos aconteceram na sede da Guarda Republicana, onde morreram pelo menos 51 pessoas há uma semana, na praça da Universidade do Cairo e nos arredores da sede da Irmandade Muçulmana e do palácio presidencial de Itihadiya.
Outros líderes cujos fundos a Procuradoria ordenou o bloqueio hoje são o 'número dois' da Irmandade, Khairat al Shater, o vice-presidente do PLJ, Essam al Arian, e destacados membros do grupo como Mohammed al Beltagui e Safwat Higazi.
A Procuradoria pediu ao ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, e aos dirigentes do Serviço Secreto e da Segurança do Estado que averiguem os fatos e identifiquem os culpados. EFE