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Justiça francesa abre investigação preliminar contra DSK

O objetivo é verificar as denúncias da jornalista Tristane Banon contra o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn

O acusado Dominique Strauss-Kahn e a ré Tristane Banon: ela o acusa de uma tentativa de estupro que teria acontecido em 2003 (Fred Dufour/AFP)

O acusado Dominique Strauss-Kahn e a ré Tristane Banon: ela o acusa de uma tentativa de estupro que teria acontecido em 2003 (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 09h10.

Paris - A promotoria de Paris abriu nesta sexta-feira uma investigação preliminar após a acusação de tentativa de estupro que recebeu na quarta-feira da jornalista Tristane Banon contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI.

A investigação ficará sob responsabilidade da Brigada de Repressão da Delinquência contra Pessoas (BRDP). Tristane Banon, que tem 32 anos, afirma que a tentativa de estupro aconteceu em fevereiro de 2003 em Paris, durante uma entrevista com Strauss-Kahn, de 62 anos.

O objetivo da investigação preliminar é verificar as denúncias de Banon.

"Temos elementos materiais, mensagens de texto enviadas e existem testemunhos", afirmou à AFP o advogado de Tristane Banon, David Koubbi.

"Muitas pessoas estão à disposição da justiça para testemunhar", declarou, depois que advertir que a demanda não se limitará a "uma palavra contra a outra".

Dominique Strauss-Kahn, qualificou a denúncia Banon de "imaginária", anunciou na segunda-feira que processará a jornalista por "denúncia caluniosa".

Banon já havia denunciado em 2007, em uma entrevista a um canal de televisão, que Strauss-Kahn, que na ocasião teve o nome mantido em sigilo, a havia agredido sexualmente.

Na França, a tentativa de estupro é um crime que prescreve após 10 anos. A agressão sexual prescreve após três anos.

Paralelamente, o processo contra Strauss-Kahn nos Estados Unidos parece cada vez mais favorável ao francês em consequência da falta de credibilidade da vítima. Mas o promotor Cyrys Vance afirmou que a investigação prossegue e que mantém as sete acusações contra DSK, incluindo as de agressão sexual e tentativa de estupro de uma camareira de um grande hotel de Nova York.

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