Mundo

Justiça fecha sede do partido da Irmandade Muçulmana egípcio

Fechamento ocorre após descoberta de armas no local e mortes diante de quartel da Guarda Republicana no Cairo


	Egípcios favoráveis à Irmandade Muçulmana gritam palavras de ordem em apoio ao presidente deposto Mohamed Mursi: mais cedo, a Irmandade convocou uma "revolta" contra o golpe de Estado
 (Mahmoud Khaled/AFP)

Egípcios favoráveis à Irmandade Muçulmana gritam palavras de ordem em apoio ao presidente deposto Mohamed Mursi: mais cedo, a Irmandade convocou uma "revolta" contra o golpe de Estado (Mahmoud Khaled/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 08h40.

Cairo - A procuradoria egípcia ordenou o fechamento da sede central no Cairo do Partido da Justiça e da Liberdade (PJL), braço político da Irmandade Muçulmana, depois que a polícia encontrou armas no local.

O fechamento da sede do PJL acontece depois da morte de 42 pessoas diante de um quartel da Guarda Republicana no Cairo, onde estavam reunidos os partidários do presidente derrubado Mohamed Mursi.

"A polícia encontrou líquido inflamável, facas e armas para usar contra os manifestantes de 30 de junho" disse uma fonte das forças de segurança à AFP.

A fonte se referia às manifestações de milhões de pessoas que exigiram a renúncia do presidente islamita Mohamed Mursi.

O líder opositor Mohamed ElBaradei condenou a morte das 42 pessoas diante do quartel-general da Guarda Republicana e pediu uma investigação independente.

"A violência gera violência e deve ser firmemente condenada", escreveu ElBaradei no Twitter.

"É necessária uma investigação independente. Transição pacífica é o único caminho", completou o Prêmio Nobel da Paz.


As Forças Armadas denunciaram a captura de dois soldados nos confrontos diante do quartel da Guarda Republicana.

Dois soldados egípcios, identificados como Samir Abdallah Ali e Azam Hazzem Ali, foram colocados em um veículo e obrigados a fazer declarações favoráveis a Mursi e contra o exército por um alto-falante, afirmou uma fonte militar cidade pela agência oficial de notícias MENA.

Os dois soldados conseguiram escapar, segundo a fonte.

Mais cedo, a Irmandade Muçulmana convocou uma "revolta" contra o golpe de Estado, depois da morte dos 42 partidários de Mursi, vítimas, segundo o movimento, dos tiros das forças de segurança.

As Forças Armadas deram outra versão e acusaram "terroristas armados" por uma tentativa de atacar o quartel-general da Guarda Republicana, ação que deixou um oficial morto e vários soldados feridos, seis deles em estado crítico.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaMohamed MursiPolíticos

Mais de Mundo

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica