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Justiça espanhola indicia Barcelona por fraude fiscal

Procurador considera que há indícios de que a contratação de Neymar tenha custado mais do que os 57 milhões de euros declarados ao fisco espanhol

Procurador considera que há indícios de que a contratação de Neymar tenha custado mais do que os 57 milhões de euros declarados ao fisco espanhol (Gerard Julien/AFP)

Procurador considera que há indícios de que a contratação de Neymar tenha custado mais do que os 57 milhões de euros declarados ao fisco espanhol (Gerard Julien/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 13h27.

Madri - O Ministério Público espanhol pediu nesta segunda-feira ao juiz Pablo Ruz que o Barcelona seja indiciado, assim como seu ex-presidente Sandro Rossel, por conta de delitos fiscais supostamente cometidos na contratação do craque brasileiro Neymar.

O procurador José Perals Calleja, da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, considera Rosell responsável por dois delitos fiscais, assim como o clube, e outro ligado à transferência do atacante.

Calleja considera que há indícios de que a contratação de Neymar junto ao Santos, em junho de 2013, tenha custado mais do que os 57 milhões de euros declarados ao fisco espanhol.

"O valor pago pela aquisição do jogador é avaliado em 82.743.485 euros", divididos em vários contratos, que foram ocultados por levar outras denominações, como o pagamento de comissões ou parcerias comerciais com o Santos ou a empresa do pai do jogador.

Por isso, de acordo com o ministério público, o Barça deixou de pagar 12.148.696 milhões de euros em impostos, o que deixaria o custo total do jogador em 94,8 milhões, de acordo com um informe da Agência Tributária espanhola.

Numa declaração feita diante do juiz em julho de 2014, Rosell reiterou que o custo da transferência foi de 57 milhões de euros, sendo que 17 foram pagos ao Santos e 40 à N&N, empresa do pai de Neymar.

Por outro lado, o procurador também pediu para que o presidente atual do Barça, Josep María Bartomeu, assim como o Barcelona, sejam indiciados por uma suposta fiscal que pode chegar a 2,845 milhões de euros pelo ano de 2014.

O clube catalão já precisa lidar com outro problema nos bastidores: foi proibido de contratar por um ano por causa de irregularidades no cumprimento de regras de proteção aos menores que integram suas categorias de base.

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