Vista da corte, no Egito: absolvidos haviam sido acusados de causar distúrbios (Khaled Desouki/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 11h18.
Cairo - A Justiça egípcia absolveu nesta segunda-feira 169 partidários do presidente islamita Mohamed Mursi, que foi deposto pelo Exército em julho de 2013, informaram fontes judiciais.
Os absolvidos haviam sido acusados de causar "distúrbios" em 14 de agosto no Cairo, num momento em que a polícia matou centenas de partidários de Mursi que ocupavam duas praças da capital para exigir o retorno ao poder do líder islâmico.
Desde a queda de Mursi em 3 de julho, a repressão policial e militar deixou mais de 1.400 mortos e fez cerca de 15.000 prisões.
O dia 14 de agosto do ano passado foi o mais sangrento na história recente do Egito. Nessa data, a polícia e os soldados dispersaram violentamente duas manifestações de apoio a Mursi, causando 700 mortes e mergulhando o país na violência.
Desde então, partidários de Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito no país, têm sido acusados de ataques à propriedade pública e privada.
A Irmandade Muçulmana, fraternidade à qual Mursi pertence, venceu todas as eleições desde a queda do presidente Hosni Mubarak, no início de 2011 , antes de ser declarada "terrorista" em dezembro.