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Justiça dos EUA autoriza processo contra Musk por demissão de CEO e executivos antes da compra do X

Ex-funcionários da plataforma afirmam que bilionário os demitiu quando estava fechando o negócio para enganá-los com o pagamento de indenização

 (Beata Zawrzel/Getty Images)

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Agência o Globo
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Publicado em 2 de novembro de 2024 às 10h24.

Elon Musk sofreu um revés significativo em uma briga judicial sobre o expurgo dos principais executivos do Twitter quando assumiu a empresa, em 2022. Uma juiza decidiu nesta sexta-feira à noite, 1º, que o ex-CEO Parag Agrawal e outros altos executivos podem prosseguir com as alegações de que Musk os demitiu quando estava fechando o negócio para enganá-los com o pagamento de indenização antes que pudessem enviar cartas de demissão.

Na reclamação, que os ex-executivos protocolaram em março, eles citaram uma passagem na biografia de Musk, escrita por Walter Isaacson, na qual o bilionário diz ao autor o quanto se apressava para concluir a aquisição. O bilionária afirma haver um "diferencial de 200 milhões no pote de biscoitos entre fechar hoje à noite e fazê-lo amanhã de manhã", de acordo com trecho da obra.

Musk vem lutando contra reivindicações legais por salários atrasados ​​de milhares de funcionários do Twitter que ele demitiu quando adquiriu a empresa de mídia social, por US$ 44 bilhões, há dois anos. O magnata mais tarde a renomeou como X Corp.

Pelo menos um ex-funcionário recebeu uma indenização não paga em setembro em uma arbitragem a portas fechadas que pode abrir um precedente para outros casos semelhantes, disse o advogado do trabalhador à Bloomberg News.

Em julho, Musk e a X Corp. derrotaram um processo em que se alegava que pelo menos US$ 500 milhões em indenização por rescisão eram devidos a cerca de seis mil funcionários demitidos sob uma lei federal, Employee Retirement Income Security Act.

A juíza distrital dos EUA Maxine Chesney rejeitou na sexta-feira os argumentos dos advogados de Musk de que as reivindicações de Agrawal deveriam ser rejeitadas. Agrawal foi acompanhado no processo por Vijaya Gadde, que era o principal funcionário jurídico e político do Twitter; Ned Segal, o diretor financeiro; e Sean Edgett, o conselheiro-geral da empresa.

Eles alegam que têm direito a benefícios de rescisão equivalentes a um ano de salário, mais prêmios de ações não adquiridas avaliadas no preço de aquisição.

Chesney preside o andamento de outros dois processos movidos por executivos do Twitter, incluindo um por Nicholas Caldwell, que era gerente-geral de "tecnologia central" e está buscando US$ 20 milhões como compensação pela rescisão perdida. A Justiça negou na sexta-feira o pedido de Musk para rejeitar uma reivindicação de Caldwell que reflete as alegações de Agrawal.

Representantes da X não responderam imediatamente a uma solicitação de comentário sobre o caso, em análise num Tribunal Distrital dos EUA, no Distrito Norte da Califórnia (São Francisco).

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