Loretta Lynch, procuradora-geral dos EUA: a americana indiciou José Maria Marin por pelo menos dois crimes, corrupção na Copa do Brasil e envolvimento em distribuição de propinas na Copa América (Jonathan Ernst/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 10h44.
Zurique - A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, alerta que nenhuma instituição ou pessoa ficará isenta do combate à corrupção ou acima da lei.
Nesta segunda-feira, ela anunciará em Zurique uma nova etapa da investigação em relação ao escândalo de corrupção na Fifa.
Mas em um discurso a procuradores de todo o mundo na manhã desta segunda já deixou claro que o processo vai ser aprofundado.
"Com a ação (contra a Fifa), deixamos abundantemente claro que procuradores de todo o mundo vão se unir para acabar com a corrupção e levar os criminosos à Justiça, seja onde estiverem, seja qual for a complexidade dos crimes e seja qual for o poder que tenham", declarou.
No dia 27 de maio, a pedido de Lynch, a Justiça suíça prendeu sete dirigentes esportivos em Zurique, entre eles o brasileiro José Maria Marin, que aguarda para ser extraditado aos EUA.
"Nossa mensagem é clara: nenhum indivíduo está acima da lei. Nenhuma organização corrupta está fora do alcance", disse.
"E nenhum ato criminoso pode escapar de um esforço coordenado de homens e mulheres lutando pela Justiça", afirmou a americana.
Segundo ela, a corrupção "mina nossos valores" e "abala as fundações de nossa sociedade global."
Lynch deixou claro que a ação contra a Fifa apenas foi possível graças a uma coordenação com o Ministério Público dos EUA e de representantes de outros países.
"Isso expôs altos funcionários da Fifa, líderes de organizações regionais, empresas que pagaram milhões por direitos de torneios internacionais", completou.
A americana indiciou Marin por pelo menos dois crimes: corrupção na Copa do Brasil e envolvimento em distribuição de propinas na Copa América.