Strauss-Kahn foi liberado da prisão domiciliar e recebeu de volta 6 milhões de dólares que haviam sido confiscados (Don Emmert/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2011 às 13h27.
São Paulo - Em uma reviravolta no caso do suposto ataque sexual, a Justiça dos Estados Unidos decide liberar o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn da prisão domiciliar. Kahn estava preso desde o fim de maio. Ele havia sido acusado de atacar sexualmente a camareira de um hotel em Nova York.
Segundo informações da rede britânica de notícias BBC, além de ter sido liberado, Strauss-Kahn também terá de volta seis milhões de dólares que ele havia pago como fiança para ficar em prisão domiciliar. Strauss-Kahn terá de comparecer novamente à corte em Nova York no dia 18 de julho. Durante este tempo, ele poderá viajar para qualquer parte dos Estados Unidos, mas não poderá deixar o país.
As mudanças no caso aconteceram quando os promotores vieram a público com informações que colocavam à prova a credibilidade da acusadora de Strauss-Kahn, a camareira guineana de 32 anos. Segundo os agentes da lei, ela tem mentido em seus depoimentos desde o dia em que reportou o suposto ataque.
Nesta sexta-feira, o jornal norte-americano New York Times publicou uma reportagem revelando que algumas pessoas fizeram depósitos em dinheiro na conta bancária da suposta vítima nos últimos dois anos. Os promotores dizem ter conversas gravadas da camareira com indivíduos sobre o pagamento pela acusação de agressão sexual.
As acusações da camareira deram origem ao escândalo que terminou com a prisão de Strauss-Kahn e sua renúncia ao cargo de diretor do FMI. A francesa Christine Lagarde foi eleita na terça-feira (28) como substituta de Kahn para o cargo. Durante o tempo em que esteve preso, Strauss-Kahn ficou em um apartamento de luxo em Manhattan.
O ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, restringir-se a um regime de saídas e visitas rígido e entregar todos seus documentos de viagem.