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Justiça britânica liberta ex-preso de Guantánamo

Tribunal de Londres ditou a absolvição e libertação Moazzam Begg, de 46 anos, dias antes de seu julgamento

O ex-preso de Guantánamo Moazzam Begg: polícia explicou que o surgimento de novas provas invalidavam sua condenação (Carl Court/AFP)

O ex-preso de Guantánamo Moazzam Begg: polícia explicou que o surgimento de novas provas invalidavam sua condenação (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 15h22.

Londres - A Justiça britânica colocou em liberdade nesta quarta-feira um ex-preso de Guantánamo que estava há sete meses numa prisão de Londres, depois de abandonar todas as acusações contra ele por ter estado na Síria.

Um tribunal de Londres ditou a absolvição e libertação Moazzam Begg, de 46 anos, dias antes de seu julgamento, que deveria começar na segunda-feira.

A polícia explicou que o surgimento de novas provas invalidavam sua condenação.

Begg era suspeito de ter estado em um campo de treinamento terrorista da Síria, entre outubro de 2012 e abril de 2013, assim como de financiar grupos terroristas no exterior.

"Gostaria de ter me explicado ante a corte, mas estou muito contente", declarou Begg ao deixar a prisão, acusando em seguida o governo britânico de "demonizar claramente a comunidade muçulmana".

Em meados de fevereiro, ele escreveu em um blog que havia viajado à Síria para investigar as torturas do regime de Bashar al Assad.

Begg, que combateu na Bósnia nos anos 90, vivia no Afeganistão em 2001 e foi detido no Paquistão um ano depois.

Acusado de pertencer à Al-Qaeda, ficou três anos na prisão afegã de Bagram e na base americana de Guantánamo, em Cuba, antes de ser libertado em 2005 sem ser formalmente indiciado.

De volta ao Reino Unido, onde nasceu, assumiu a representação das "vítimas da guerra contra o terrorismo" na associação Cage.

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