Mundo

Justiça britânica decide sobre legalidade de suspensão do parlamento

Boris Johnson recebeu aval da rainha Elizabeth II para paralisar o legislativo às vésperas do prazo para a implementação do Brexit

Boris Johnson:  suspensão parlamento é uma tradição no Reino Unido e funciona como um recesso forçado que precede o discurso anual da rainha (Andrew Testa/The New York Times)

Boris Johnson: suspensão parlamento é uma tradição no Reino Unido e funciona como um recesso forçado que precede o discurso anual da rainha (Andrew Testa/The New York Times)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 05h54.

Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 06h30.

São Paulo — A semana começa com os olhos da Europa voltados ao Reino Unido — mais especificamente, apontados para a Suprema Corte britânica. A justiça do país deve decidir se o primeiro-ministro Boris Johnson agiu ilegalmente ao paralisar as atividades parlamentares apenas cinco semanas antes do divórcio com a União Europeia.

A chamada prorrogação do parlamento é uma tradição no Reino Unido e funciona como uma espécie de recesso forçado que precede o discurso anual da rainha, quando o governo usa o tempo da paralisação para traçar seus planos. O ponto fora da curva, dessa vez, é que a suspensão se deu às vésperas de um dos acontecimentos mais importantes para a geopolítica europeia dos últimos anos: o Brexit.

A oposição acusa o primeiro-ministro, Boris Johnson, de ter usado a prorrogação do parlamento para que leis relacionadas ao Brexit, inclusive leis contra um divórcio sem acordo, não tivessem tempo hábil para serem votadas. Johnson recebeu o aval da rainha Elizabeth II para paralisar o legislativo até dia 14 de outubro. O prazo máximo dado pela União europeia para a saída do Reino Unido do bloco é 31 de outubro. 

Caso o veredito do Supremo britânico seja contra Johnson, ele pode ser obrigado a reconvocar o Parlamento antes do planejado, dando tempo adicional para o parlamento contestar seu plano para uma ruptura abrupta. 

Se nem o primeiro-ministro nem a oposição estão satisfeitos com o acordo de saída oferecido pela UE, o bloco não dá sinais de que cederá mais. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, alertou que “o risco de uma retirada sem acordo ainda continua sendo real”. O prazo para o Brexit é 31 de outubro. 

Acompanhe tudo sobre:Boris JohnsonBrexitExame HojeRainha Elizabeth IIReino Unido

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru