O capitão Lee Jun-Seok, comandante no naufrágio da balsa Sewol: ele havia sido condenado a 36 anos de prisão por grave negligência (News1/Korea Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2015 às 08h27.
Seul - A justiça sul-coreana ampliou nesta terça-feira a pena do capitão do ferry "Sewol", cujo naufrágio há um ano deixou 304 mortos, de 36 anos de reclusão para prisão perpétua, informou uma fonte judicial.
O tribunal de apelação de Gwangju, no sul do país, declarou Lee Jun-seok culpado de homicídio, reformando a decisão em primeira instância, de novembro passado, na qual o capitão do ferry foi absolvido desta acusação e condenado a 36 anos de prisão por grave negligência.
O ferry sobrecarregado afundou na altura da ilha meridional de Jingo, em 16 de abril de 2014, com 476 pessoas a bordo, incluindo 325 estudantes secundaristas. Dos 304 mortos, 250 eram alunos de uma mesma escola.
A promotoria pediu a pena de morte para o capitão, ao afirmar que havia abandonado os passageiros com a certeza de que iriam morrer.
"A atuação irresponsável do capitão Lee provocou a morte de jovens estudantes que pereceram sem realizar seus sonhos (...) e abriu feridas irreparáveis em suas famílias, destacou o tribunal ao reformar a sentença. "Esta atuação, que manchou seriamente nossa imagem nacional, é imperdoável.
A investigação da tragédia colocou em evidência uma combinação de fatores, da sobrecarga do navio à incompetência da tripulação, passando por obras ilegais de alargamento que reduziram sua flutuabilidade, com confusões entre autoridades de regulação e empresas privadas como pano de fundo.