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Junta Militar sudanesa afasta chefes militares e retira embaixador nos EUA

O porta-voz do Conselho Militar Transitório anunciou em entrevista coletiva as decisões e afirmou que a situação dos embaixadores está sendo estudada

Sudão: desde quinta-feira passada (11), a junta militar tomou o poder no país (Stringer/Reuters)

Sudão: desde quinta-feira passada (11), a junta militar tomou o poder no país (Stringer/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de abril de 2019 às 06h18.

Cartum - A Junta Militar que dirige o Sudão desde quinta-feira anunciou neste domingo as saídas do ex-ministro de Defesa, general Awad Ibn Auf, e do chefe do Estado Maior do Exército, Kamal Abdel Maaruf, assim como a do embaixador em Washington, general Mohamed Attal-Moula.

O porta-voz do Conselho Militar Transitório, o general Shams Eldin Kabashi, anunciou em entrevista coletiva as decisões e afirmou que a situação dos embaixadores está sendo estudada. Ele também informou que o grupo teve encontros diplomáticos com representantes de países árabes, africanos e da chamada Troika (Estados Unidos, Reino Unido e Noruega).

Kabashi destacou que o Conselho Militar pretende nesta nova etapa estabelecer relações com outros países, com base nos "interesses nacionais soberanos", seguindo protocolos e documentos específicos, porque as relações exteriores do Sudão no mandato de Omar al-Bashir não eram "claras". Ele afirmou que será realizada uma reestruturação do comando das Forças Armadas e da Polícia.

O porta-voz não detalhou os motivos para o afastamento dos generais Awad Ibn Auf e Kamal Abdel Maaruf, mas ambos eram próximos a Omar al-Bashir e enfrentaram forte oposição após assumirem a liderança do Conselho Militar Transitório na quinta-feira.

O ex-ministro da Defesa foi substituído na sexta-feira por Abdul Fattah al Burhan, que teve uma melhor recepção com a oposição e a população, o que fez facilitou o diálogo com as forças políticas, que realizaram hoje a primeira reunião com os generais. EFE

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