Soldados durante protesto: Tailândia sofreu 12 golpes desde o estabelecimento da democracia (Damir Sagolj/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2014 às 10h40.
Bangcoc - A junta militar que deu um golpe de Estado na Tailândia repartiu nesta sexta-feira as responsabilidades do governo, enquanto mantém a lei marcial e o toque de recolher perante a condenação da comunidade internacional.
O chefe do Exército, Prayuth Chan-ocha, autoproclamado primeiro-ministro, se ocupará da Polícia, do Comando de Operações de Segurança Interna, do Conselho de Segurança Nacional, do Serviço de Inteligência e Orçamentos, segundo o jornal local "The Nation".
O general Thanasak Pratimaprakorn, segundo responsável do Conselho para a Manutenção da Ordem e a Paz Nacional, o nome da junta militar, supervisionará a Defesa, o Interior, as Relações Exteriores e Informação e Comunicação.
Prajin Junton, chefe de Aeronáutica e segundo no Conselho para a Manutenção do Ordena e a Paz Nacional, se encarregará dos assuntos econômicos e sob sua responsabilidade ficam as Finanças, o Comércio, a Indústria, a Agricultura e Cooperativas, Energia, Trabalho e Transporte.
O almirante Narong Pipattanasai, chefe da Armada e segundo responsável na junta militar, controlará Meio Ambiente e Recursos, Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desenvolvimento Social, Turismo e Esportes.
O tenente-general Paibul Khumchaya terá sob sua responsabilidade Justiça, a Promotoria e o Escritório contra a Lavagem de Dinheiro.
O general Adul Saengsingkaew recebeu os assuntos especiais, como o Conselho de Estado, a Secretaria do Primeiro-ministro e o Secretariado da Casa de Representantes, entre outros.
O Exército tailandês deu ontem um golpe de Estado dois dias após declarar a lei marcial e após oito meses de manifestações antigovernamentais que deixaram 28 mortos e mais de 800 feridos.
A Tailândia sofreu 12 golpes militares desde o estabelecimento da democracia, o anterior ocorreu em 2006 e foi o detonante da atual crise política.