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Junta Militar fecha fronteiras de Guiné-Bissau

Apenas os aviões identificados estarão autorizados a aterrissar no aeroporto de Bissau, que permanece fechado ao tráfego desde quinta-feira

O golpe de Estado, realizado no dia 12, aconteceu enquanto o país se encontrava em pleno processo eleitoral (Wikimedia Commons)

O golpe de Estado, realizado no dia 12, aconteceu enquanto o país se encontrava em pleno processo eleitoral (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 10h05.

Bissau - A Junta Militar que controla o poder em Guiné-Bissau decretou nesta segunda-feira o fechamento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas do país, informou a emissora estatal "Rádio Difusão Nacional" (RDN).

A Junta afirmou, em comunicado divulgado pela emissora, que apenas os aviões identificados estarão autorizados a aterrissar no aeroporto de Bissau, que permanece fechado ao tráfego desde quinta-feira.

Os militares golpistas fizeram pública esta decisão depois que Portugal anunciou o envio de uma força naval com o eventual objetivo de retirar cidadãos portugueses e de outras nacionalidades da antiga colônia.

Para esta segunda-feira é esperada a chegada à capital do país africano de uma delegação da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) para buscar uma saída à crise. A Cedeao denunciou o levante e exigiu o retorno à legalidade constitucional.

A Junta Militar anunciou no domingo a dissolução de todas as instituições do país e a criação de um Conselho Nacional de Transição cujo mandato e composição serão decididos nesta segunda-feira em reunião entre a junta e alguns partidos políticos.

O golpe de Estado, realizado no dia 12, aconteceu enquanto o país - um dos mais pobres do mundo - se encontrava em pleno processo eleitoral para realizar a segunda rodada das eleições presidenciais fixadas para o dia 29 de abril.

Os responsáveis pelo levante afirmaram que atuam contra um suposto "acordo secreto" entre Guiné-Bissau e Angola - que tem 200 soldados envolvidos com uma ajuda na reforma do Exército guineano - que ameaçaria a soberania nacional.

O golpe de Estado foi condenado pelos Estados Unidos, pela União Africana, a Cedeao, a União Europeia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e pela antiga metrópole, Portugal, entre outros.

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