Clima: ondas de calor afetaram a Europa no mês de junho (Juan Medina/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de julho de 2019 às 16h15.
Reuters — O mês de junho de 2019 foi o mais quente em 140 anos, estabelecendo um recorde global, de acordo com o mais recente relatório mensal do clima divulgado, nesta quinta-feira (18), pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O relatório apontou que a temperatura média global em junho foi 1,71 grau Fahrenheit acima da média do século 20 de 59,9 graus F (15,5 graus Celsius), marcando o 414º mês consecutivo em que as temperaturas ficaram acima da média do século 20.
Entre os 10 meses mais quentes de junho dos últimos 140 anos, nove foram registrados desde 2010, disse a NOAA.
Europa, Ásia e África, bem como o Havaí e regiões do Golfo do México, viveram seu mês de junho mais quente da história.
As temperaturas médias na França, Alemanha e norte da Espanha, viveram uma onda de calor, chegaram a marcar 18 graus F acima da faixa normal, com temperaturas na França alcançando 46 graus Celsius.
Enquanto isso, a temperatura média global da superfície do oceano ficou 1,46 grau F acima da média mensal do século 20, de 61,5 graus F (16 graus Celsius), empatando com 2016 como a maior temperatura oceânica global para o mês já registrada, enquanto o gelo do oceano Antártico chegou ao seu menor nível já registrado, 8,5% abaixo da média de 1981 a 2010, mostraram os dados.
Com as temperaturas até agora no ano estabelecendo recordes, a entidade disse que há 100% de chance de que 2019 ficará entre os cinco anos mais quentes da história, destacando a necessidade para que governos tomem ações coletivas para conter uma intensificação ainda maior dos impactos da mudança climática.