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Julian Assange recua de promessa de extradição

Fundador do Wikileaks argumentou que o que ele estava realmente pedindo era um perdão imediato para Chelsea Manning, não a comutação da pena

Assange: Wikileaks afirmou que líder tinha pedido liberação imediata (David Paul Morris/Bloomberg)

Assange: Wikileaks afirmou que líder tinha pedido liberação imediata (David Paul Morris/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 06h41.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 09h11.

Washington - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, recuou da promessa de aceitar ser extraditado para os Estados Unidos caso Chelsea Manning recebesse garantia de clemência, argumentando por meio de seus advogados que o que ele estava realmente pedindo era um perdão imediato para a ex-analista do exército.

Na semana passada, Assange provocou surpresa na internet quando pareceu se oferecer como um tipo de troca para Manning, condenada pelo vazamento de centenas de milhares de documentos que fizeram do WikiLeaks um nome familiar.

"Se Obama garantir clemência à Manning, Assange vai concordar com a extradição para os EUA, apesar da clara inconstitucionalidade do caso do Departamento de Justiça", disse o WikiLeaks, aparentemente referindo-se à investigação do departamento sobre a transparência radical do site.

Mas quando Obama garantiu clemência a Manning, nesta terça-feira - definido uma data em maio para a soltura - os advogados de Assange disseram que não foi o bastante.

"Não há dúvidas de que o que o presidente Obama fez não foi o que Assange estava pedindo", disse Barry Pollack, que representa o fundador do WikiLeaks nos Estados Unidos.

"Assange estava dizendo que Chelsea nunca deveria ter sido processada, nunca deveria ter sido sentenciada a décadas na prisão e deveria ter sido liberta imediatamente".

Fonte: Dow Jones Newswires.

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