Cirurgião retira implante mamário rompido da companhia PIP, em operação feita em Caracas, Venezuela, em janeiro de 2012 (©AFP/Arquivo / Leo Ramirez)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2013 às 14h49.
Brasília – O processo dos implantes mamários da marca francesa Poly Implant Prothese (PIP) começa a ser julgado na quarta-feira (17) em Marselha, na França, com 5 mil queixosos. A empresa é acusada de usar um gel industrial nas próteses de silicone em substituição ao gel médico.
O material foi exportado para vários países, entre eles o Brasil, e usado por cerca de 300 mil mulheres. Além de problemas com ruptura e inflamação, foi levantada a hipótese de ligação entre o gel e casos de câncer nas usuárias, mas não chegou a haver confirmação. O mais recente balanço sobre a extensão do escândalo indica que houve mais de 4 mil casos de rupturas e de reações inflamatórias em cerca de 2,7 mil mulheres.
Cinco líderes da PIP, que fechou em 2010, serão julgados por fraude e podem ser condenados a até cinco anos de prisão. Entre eles está o fundador da empresa, Jean-Claude Mars, de 73 anos. A maioria dos 5 mil queixosos no processo é de nacionalidade francesa. O Ministério Público do país estima que cerca de 10% comparecerão à audiência no tribunal, onde estarão cerca de 300 advogados.