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Juízes de Haia mantêm condenação de ex-presidente liberiano

Juíz disse que Taylor aconselhou e encorajou os rebeldes da Frente Unificada Revolucionária e o Conselho de Forças Armadas Revolucionárias


	Charles Taylor:  juízes o condenaram por 11 acusações de crime contra a humanidade por ajudar e incitar os rebeldes que assassinaram, estupraram e pilharam quem viam pela frente em Serra Leoa
 (Koen van Weel/Pool/Reuters)

Charles Taylor:  juízes o condenaram por 11 acusações de crime contra a humanidade por ajudar e incitar os rebeldes que assassinaram, estupraram e pilharam quem viam pela frente em Serra Leoa (Koen van Weel/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 09h12.

Haia - Juízes de apelação mantiveram nesta quinta-feira a condenação do ex-presidente da Libéria Charles Taylor, reafirmando a sentença de 50 anos de prisão proferida no ano passado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra civil em Serra Leoa.

O juíz à frente do caso, George Gelaga, disse que Taylor aconselhou e encorajou os rebeldes da Frente Unificada Revolucionária e o Conselho de Forças Armadas Revolucionárias mesmo com plena consciência dos tipos de crimes que cometiam.

"O principal propósito deles era disseminar o terror. Violência brutal foi propositalmente liberada contra civis com o propósito de deixá-los com medo, medo de que houvesse mais violência caso continuassem a resistir", disse ele.

"Governos e comunidade internacional também ficaram receosos de que a menos que as demandas da FUR e do CFAR fossem atendidas, milhares de homicídios, mutilações, sequestros e estupros de civis continuariam a ocorrer." Taylor, 65 anos, manteve-se sentado e impassível durante o julgamento, levantando-se ao final para ouvir sua sentença. Ele deve ser transferido de um centro de detenção na costa, seu lar desde 2006, para uma prisão britânica de segurança máxima.

No ano passado, juízes o condenaram por 11 acusações de crime contra a humanidade por ajudar e incitar os rebeldes que assassinaram, estupraram e pilharam quem viam pela frente em Serra Leoa, vizinha à Libéria, durante a guerra civil de 11 anos que custou 50 mil vidas até 2002.

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