Jogo de futebol americano entre Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers: acordo extrajudicial não teve a quantidade suficiente de dinheiro, segundo juíza (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 13h02.
Washington - A juíza federal Anita Brody rejeitou nesta quarta-feira o acordo aceito pela NFL (liga profissional de futebol americano) em agosto para pagar US$ 765 milhões a mais de 18 mil ex-jogadores profissionais devido às concussões que sofreram durante a carreira.
A magistrada considerou em sua argumentação que o acordo extrajudicial não teve a quantidade suficiente de dinheiro, nem inclui análise que mostre sua eficiência.
O litígio começou por causa de um processo apresentado por mais de 4.500 ex-jogadores e familiares contra a NFL. A queixa é que os choques constantes na cabeça provocam as concussões. A entidade é acusada de esconder os riscos, forçando o retorno dos jogadores ao campo mesmo com o problema.
A NFL negou diversas vezes que agiu de maneira incorretamente nestes casos, garantindo que trabalha intensamente para garantir a segurança dos atletas.
A situação curiosa é que agora tanto a liga como os ex-jogadores envolvidos tentam convencer a juíza que o acordo satisfaz as partes.
Os valores previstos no acordo seriam destinados à realização de exames médicos, compensações pelo período de recuperação das concussões e pesquisas médicas sobre o problema a que estão expostos os jogadores.
O acordo estabelece, além disso, que a NFL terá 20 anos para fazer o pagamento completo da quantia estipulada, mas metade deverá ser entregue nos três primeiros, e o resto nos outros 17.
Entre os ex-jogadores que movem a ação estão pelo menos dez membros do "Hall da Fama" da NFL, entre eles o lendário running back do Dallas Cowboys, Tony Dorsett.
Também estão envolvidos no processo os familiares do ex-linebacker Junior Seau, integrante do "time ideal" da década de 90 da NFL. O ex-jogador se matou no ano passado e seu cérebro foi doado para pesquisas referentes a concussões.