O vigilante é acusado de homicídio em segundo grau pela morte de Martin, de 17 anos (Pool/ Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2012 às 21h08.
Miami - A juíza que investiga o caso do vigilante que matou o adolescente negro Trayvon Martin na Flórida, nos Estados Unidos, revelou nesta sexta-feira que seu marido trabalha para o escritório do advogado contratado pela rede de televisão ''CNN'' para ser analista do caso, o que poderia gerar um possível conflito de interesses.
A juíza Jessica Recksiedler disse numa rápida audiência judicial num tribunal da Flórida, que por questões éticas tinha que comunicar a situação e permitir que advogado de defesa do acusado recuse seu nome para o caso.
Seu marido trabalha para o escritório do advogado Mark Nejame, que será analista do caso para a rede americana de televisão.
Nesta sexta-feira, ocorrerá uma audiência na qual o vigilante, George Zimmerman, pedirá para ser solto por meio do pagamente de uma fiança. Seu advogado, Mark O''Maha, deve pedir o afastamento da juíza antes desta data.
A defesa adiantou que é provável que faça essa solicitação, enquanto a Promotoria notificou que não tem intenções de pedir a saída de Jessica.
O vigilante é acusado de homicídio em segundo grau pela morte de Martin, de 17 anos, que ocorreu no dia 26 de fevereiro em Sanford, no estado da Flórida.
O acusado disse a polícia que o adolescente, que estava desarmado, o atacou, e o vigilante disparou como defesa.
Amparado por uma lei estadual, Zimmerman permaneceu em liberdade até que no dia 11 de abril a promotora encarregada do caso, Angela Corey, anunciou a apresentação das acusações contra ele. A lei da Flórida permite às pessoas recorrer ao uso da força para se defenderem.
Após a acusação de Corey, Zimmerman se entregou às autoridades e está sob custódia policial.