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Juiz rejeita pedido de Trump para se afastar do caso da ex-atriz pornô

Em maio, um júri declarou o ex-presidente culpado de 34 crimes por encobrir os pagamentos para silenciar Stormy Daniels

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 16h55.

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Donald Trump voltou a fracassar pela terceira vez, nesta quarta-feira, 14, em sua tentativa de afastar o juiz que deve anunciar sua sentença por encobrir o pagamento em dinheiro para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô.

Os advogados do candidato republicano à Presidência voltaram a alegar que o trabalho da filha do juiz de origem colombiana Juan Merchan para uma organização de inclinação democrata cria um "conflito de interesses" e que ele deveria se afastar do caso.

Em maio, um júri declarou o ex-presidente culpado de 34 crimes por encobrir os pagamentos para silenciar a ex-estrela de cinema pornô Stormy Daniels por uma suposta aventura extraconjugal.

Em 16 de setembro, o juiz avaliará uma moção em separado dos advogados de Trump para anular o veredicto e rejeitar o caso, amparando-se na sentença de julho da Suprema Corte sobre a imunidade presidencial.

A depender do resultado dessa audiência, Merchan agendou o anúncio da sentença de Trump para 18 de setembro.

O juiz rejeitou categoricamente a última tentativa de Trump para que fosse afastado do caso.

"Dito claramente, os argumentos do demandado não são mais que uma repetição de afirmações ultrapassadas e sem fundamento", escreveu Merchan na decisão.

"A confiança do advogado da defesa, e a aparente citação de sua própria afirmação anterior, cheia de imprecisões e afirmações sem fundamento, é infrutífera. Como tal, a moção do demandado é indeferida de novo", diz o texto.

Anteriormente, um painel de ética do estado de Nova York não encontrou nenhum problema para Merchan continuar no caso, e o juiz disse que o "tribunal continuará baseando suas decisões na evidência e na lei, sem temor nem favor, deixando de lado a influência indevida".

Apesar da decisão do painel de ética, a equipe legal de Trump insistiu que o trabalho realizado pela filha de Merchan, que, segundo eles, incluía esforços passados de arrecadação de fundos para a adversária de Trump nas eleições de novembro, a vice-presidente Kamala Harris, mina a independência do juiz.

Em sua plataforma Truth Social, Trump qualificou de "supressão e manipulação do voto" uma ordem de Merchan que limitava sua capacidade de atacar os parentes do juiz.

Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado pela Justiça, segue fazendo tudo o possível para anular a sentença de Nova York e atrasar outros julgamentos pendentes até depois das eleições de novembro.

O bilionário republicano enfrenta acusações em Washington e na Geórgia relacionadas aos esforços para anular os resultados das eleições de 2020 que perdeu para o democrata Joe Biden.

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