Mundo

Juiz proíbe governo argentino de mudar regulador de mídia

Nesta manhã, o governo anunciou que promoverá uma nova legislação para substituir tanto a polêmica lei de mídia como a lei de telecomunicações


	Presidente da Argentina, Mauricio Macri: Nesta manhã, anunciou que promoverá uma nova legislação de mídia
 (Jorge Adorno/Reuters)

Presidente da Argentina, Mauricio Macri: Nesta manhã, anunciou que promoverá uma nova legislação de mídia (Jorge Adorno/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 22h07.

Buenos Aires - Um juiz da Argentina ordenou nesta quarta-feira que o governo do presidente Mauricio Macri se abstenha de "suprimir ou afetar direitos" do ente regulador de mídia, que ficou recentemente no centro da polêmica após a decisão do Executivo de criar um novo organismo que absorva essa função.

A decisão judicial foi anunciada depois que o governo antecipou que Macri assinará um decreto para criar um novo organismo que absorverá a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca) e a Autoridade Federal de Tecnologia da Informação e das Comunicações (Aftic), organismos criados pelas leis kirchneristas para regular a imprensa e as telecomunicações.

O juiz Luis Arias da cidade de La Plata ditou hoje uma medida pré-cautelar que proíbe o governo de fazer modificações na Afsca "mediante todo ato ou regulamento que implique uma modificação a qualquer das previsões contidas na Lei 26.522", de serviços de comunicação audiovisual.

"A modificação de uma lei por decreto está proibida pela Constituição", disse Arias à emissora de rádio "Del Plata".

A decisão do magistrado "afeta todas as medidas que sejam tomadas de 29 de dezembro em diante" e "é uma medida preventiva para que não haja novo atos que agravem a situação".

Para o ex-titular da Afsca, Martín Sabbatella, deslocado após a intervenção do organismo iniciada por Macri, a medida "outorga um pouco de sensatez a uma situação ilegal".

Nesta manhã, o governo anunciou que promoverá uma nova legislação para substituir tanto a polêmica lei de mídia - que gerou uma batalha legal entre o Executivo de Cristina Kirchner e o grupo multimídia Clarín, desde 2009, quando foi aprovada - como a lei de telecomunicações de 2014. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentina

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições