Depois do escândalo causado pela confissão, Cebull decidiu escrever pessoalmente a Obama na quinta-feira (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2012 às 22h45.
Washington - Um juiz americano escreveu ao presidente Barack Obama pedindo desculpas por uma piada racista que enviou a seis colegas, por e-mail, ao mesmo tempo em que ordenou uma investigação judicial contra si próprio, por ter comparado a família de Barack Obama a cães.
Richard Cebull, magistrado do distrito de Montana (noroeste), admitiu na quarta-feira que enviou a mensagem a um grupo reduzido de amigos, através do e-mail institucional, datado do dia 20 de fevereiro, por se opor ao governo.
"Não o mandei porque era um e-mail racista, embora o seja. Eu o enviei porque achei que fosse contra o presidente Obama", justificou-se num jornal local, o "Great Falls Tribune".
Depois do escândalo causado pela confissão, Cebull decidiu escrever pessoalmente a Obama na quinta-feira, informou o Tribunal do Nono Distrito, uma juridição que abrange os tribunais federais do Oeste americano.
"Estimado presidente, desculpo-me profusa e sinceramente ante o senhor e sua família pelo correio eletrônico que enviei. Aceito toda a responsabilidade, não há ninguém a culpar, além de mim mesmo", disse o magistrado na carta, com cópia publicada no site da instituição.
"Asseguro ao senhor que nunca voltarei a cometer uma ação como esta, pelo que solicitei ao conselho judiciário do Nono Distrito que investigue o assunto. Honestamente, não sei mais o que posso fazer", continuou.
"Peço-lhe que me perdoe mais uma vez e receba todas as minhas desculpas".
Cebull, nomeado pelo ex-presidente George W. Bush, atua como magistrado do distrito de Montana desde 2008".
Além disso, numa outra carta, desta vez ao juiz que preside o Nono Distrito, Alex Kozinski, publicada on-line, Cebull solicita que seja realizada, também, "uma investigação para determinar se sua atitude representa negligência" com a função pública.
"O conselho judiciário vai realizar uma enquete eficaz para resolver o assunto", precisou Cebull, no site do Nono Distrito.