Mauricio Macri: as declarações de bens são da época em que Macri era chefe do governo autônomo da cidade de Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2016 às 14h02.
Um juiz federal argentino ordenou nesta quarta-feira que se investiguem as supostas contradições nas declarações de bens feitas pelo presidente Mauricio Macri, em uma repercussão do escândalo mundial dos 'Panama Papers'.
Segundo fontes judiciais, "o juiz federal Sebastián Casanello ordenou perícias comparativas às declarações entre 2013 e 2015, para comprovar se há inconsistências e dados omitidos sobre sua avaliação patrimonial real".
As declarações de bens são da época em que Macri era chefe do governo autônomo da cidade de Buenos Aires, antes de sua candidatura presidencial e sua vitória nas eleições de novembro de 2015.
Casanello investiga Macri por suposta "omissão maliciosa de bens" desde que ele apareceu entre os envolvidos no escândalo dos "Panama Papers".
Em suas declarações públicas, Macri explicou que suas sociedades em paraísos fiscais nunca estiveram ativas e que foram iniciativas de seu pai, um magnata dono de um império de negócios. O presidente garante que não tem nada a esconder.